tag:blogger.com,1999:blog-37836906.post3606371631527491119..comments2023-06-04T12:24:45.310-03:00Comments on O Casulo: Os excluídos dos "excluídos"Andréa Catrópahttp://www.blogger.com/profile/12676236498512938325noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-89034449721122271502007-06-06T11:40:00.000-03:002007-06-06T11:40:00.000-03:00Acho interessante e um tanto conturbado. Hoje em d...Acho interessante e um tanto conturbado. Hoje em dia preocupa-se demais com palavras e cada vez menos com ações.<BR/>Excluídos??? Bem a literatura sempre gerou excluídos e vai gerar sempre. O que podemos dizer de Emily Dickinson? A poeta norte-americana que não se encontrou no estilo literário de sua epoca. Não era uma excluída? Independente de cor, raça e crença? Pelo amor dos deuses - não vamos nos ater a detalhes de transcrição. A Arte não merece essa questão.<BR/>A arte merece compreensão mediante os termos da inclusão ou exclusão. Cria-se grupos, fragmenta-se que você não se enquadra no estilo que eu desenvolvi, então não convido você ao meu mundo, ou seja, você não vai lá no meu barraco e eu não vou no seu.<BR/>Ou será que Monteiro Lobato não se sentiu excluído ao transcrever sua feroz crítica contra os modernistas? Burgueses paulistanos.Lunna Guedeshttps://www.blogger.com/profile/06786491056217287780noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-60608147682422100402007-04-04T19:46:00.000-03:002007-04-04T19:46:00.000-03:00Cara Ana Paula,a referência a seu nome se deu no m...Cara Ana Paula,<BR/><BR/>a referência a seu nome se deu no meu texto justamente para que ninguém lesse minhas reflexões como leviandades. Quis mostrar que foi mesmo o debate me estimulou a fazer tais considerações.<BR/>Acho que deixei claro que eu não estava reproduzindo textualmente sua fala. Entre o que pensamos dizer e, do outro lado, o que pensamos escutar, muito se perde. O que escrevi foi baseado no que ouvi - em tudo o que isso tem de objetividade e subjetividade.<BR/>De qualquer forma, a segunda parte do texto não se restringe a questionar sua fala. E a questão dos estudos culturais (mais informações perdidas) é só uma auto-ironia...<BR/>Mas fico feliz que o debate, tão animado no dia, ainda não tenha se esgotado. Obrigada pelos comentários!<BR/>AndréaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-81945673473486582602007-04-03T19:38:00.000-03:002007-04-03T19:38:00.000-03:00Com todo o respeito, sem entrar muito no assunto: ...Com todo o respeito, sem entrar muito no assunto: certamente Bandeira não cogitou nada disso quando colocou na fala de Irene o "Licença, meu branco". <BR/><BR/>Há de se, um dia, pensar o poema em si: que nada se vende às problemáticas multi, pan ou pluriculturais.<BR/><BR/>Apesar de Bandeira, de qualquer modo, não ser o melhor exemplo para o que se pensa como poética.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-69632195772621282532007-04-02T20:26:00.000-03:002007-04-02T20:26:00.000-03:00Infelizmente minha fala foi bastante distorcida pe...Infelizmente minha fala foi bastante distorcida pela editora Andréa Catropa. Entendo que ela deseje falar contra o multiculturalismo norte-americano. Mas descontextualizar minha fala para reivindicar a presença de "outros excluídos" no mapa literário não vale. Aliás, minha fala não saudava a representação atual dos excluídos, mas pontuava uma questão histórica, ou histórico-literária, i. é, a presença de um material recorrente, a ser estudado em suas diferentes formalizações (propus justamente a necessidade de diferenciar aquilo que normalmente vem sob o rótulo de "literatura marginal"). Quanto ao poema de M. Bandeira, lido em comparação com um trecho de Cidade de Deus em que encontro um poema em prosa, disse que a fala de Irene ("-Licença, meu branco") trazia marcas de nosso passado colonial escravocrata. Mesmo no céu, Irene "sabe seu lugar", mesmo ali não há supressão das diferenças de classe - o que é uma representação curiosa de nossa história. Na comparação, observei a impossibilidade, na literatura atual (esta sim uma hipótese que fiz), de um olhar condescendente ou, para usar a expressão de Andréa, "afetivo", sobre as classes baixas. Ou seja, ressalta, na ficção brasileira contemporânea, a violência que não deixa espaço para a outra violência, a da cordialidade da elite. Pena a editora não ter feito nenhuma observação durante o debate, pois seria uma oportunidade de gerar discussão, e de evitar comentários distorcidos.<BR/>Em tempo: quando a editora escreve "já que estamos com um pé nos estudos culturais", gostaria de não me incluir no plural, se ela me permitir...<BR/>Ana Paula Pacheco.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-79718701859801772172007-04-02T20:02:00.000-03:002007-04-02T20:02:00.000-03:00ffffffffffffAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-73314452630520884242007-04-02T09:01:00.000-03:002007-04-02T09:01:00.000-03:00oi, mujer! difícil tudo isso. prefiro partir de ou...oi, mujer! <BR/><BR/>difícil tudo isso. <BR/><BR/>prefiro partir de outra chave, que é parecida ao discordar, mas talvez outra - no caso, acho que a questão seria o conteúdo/forma ("a voz", hahá) dessa produção: como são os valores absorvidos ali?, se há algum questionamento ou é mera mudança de cenário?, pois a dificuldade maior está em exatamente igualar todos os autores como se fosse simplesmente idênticos, ponto de vista bem discutível esse da uniformização pelo rótulo da "marginalidade".<BR/><BR/>há muita diferença entre um livro de certo autor e outro e essa leviandade é que acho bem complicada - alguém que é um líder comunitário, reconhecido por sua vizinhança, é "excluído"? faz sentido trabalhar com esse conceito de "literatura dos excluídos"? para que serve o conceito senão para o colocar de forma contrária à "alta cultura"? para o colocar como exceção? a quem beneficia a separação?<BR/><BR/>não sei se consegui fazer as perguntas, mas creio que esses rótulos servem para pacificar e depois impor pontos de vista bem perigosos.<BR/><BR/>em todo caso, mulheres são sim colocadas de lado e estão longe de serem uma minoria.<BR/><BR/>é importante discutir até para se chegar a algumas conclusões.<BR/><BR/>beijos<BR/><BR/>ps.: e como diria o raymond williams, culture is ordinary.Anonymousnoreply@blogger.com