tag:blogger.com,1999:blog-37836906.post8982450990786499664..comments2023-06-04T12:24:45.310-03:00Comments on O Casulo: Proposta de debateAndréa Catrópahttp://www.blogger.com/profile/12676236498512938325noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-4999470116631759652007-05-18T17:12:00.000-03:002007-05-18T17:12:00.000-03:00sandra ciccone diz que "defender ou criticar a vai...sandra ciccone diz que "defender ou criticar a vaidade, a cirurgia, os anabolizantes, e o homem bomba" não é papel da poesia, e obviamente não é mesmo, mas "cutucar a questão" tbm não é papel da poesia na mesma proporção de obviedade, até pq não há grande diferenças entre uma coisa e outra. ser ou não uma reflexão atual não qualifica um poema na minha opnião. o poema não tem que refletir nada. poesia pra mim tem que causar surpresa, e ser bem realizado, o que não consegue fazer o poema "beleza". pra finalizar, não acho q a crítica do thiago seja "superficial" e sim "artificial", pq trata dos artifícios, e em poesia, é isso q importa e é isso q é avaliável (segundo critérios ainda que diversos, é claro): os artifícios.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-13749834712335514732007-04-14T13:18:00.000-03:002007-04-14T13:18:00.000-03:00"Critico"...Bem, acabei de escrever um longo comen..."Critico"...<BR/><BR/>Bem, acabei de escrever um longo comentário que, por alguma trava no blog, não apareceu aqui.<BR/><BR/>Dizia que, é verdade, creio que a superfície tenha muito a oferecer. Mais que o suposto profundo et cetera.<BR/>O que deve-se perceber é a sutil diferença entre superfície e superficial. A mesma sutileza que distingue, por exemplo, o genial do trivial.<BR/><BR/>E reitero o que você coloca: meu exercício crítico pretende apenas atingir a superfície dos textos. Pouco vale ou importa o "contexto" em que se enquandram, "o momento histórico", o "tema".<BR/><BR/>Alguma parte da crise crítica na academia e em grande parte das pessoas que participam ativa ou passivamente do que se vai dando em literatura é pensar que o poema não tem a ver consigo, mas com coisas alheias e mundanas; superficiais: historicismos, biografismos, achismos.<BR/><BR/>O tema, partindo para o outro ponto tocado, é um plano problemático a priori. A intenção temática compromete a possibilidade artística plena num poema. Há de se perceber, enfim, que os grandes poemas não correm atrás de temas.<BR/><BR/>E, obviamente, os poemas podem apresentar uma série de apreensões (ou versões, como chama): 3, 4, 5, n. Não é o que discuto.<BR/><BR/>A pergunta que deixo é: atual quando e para quem? <BR/>A Odisséia, o Lance de Dados, o Finnegans Wake(e tantos outros) são tão atuais ou mais (em que aposto) que muito do que se apresenta nos dias de hoje como arte, literatura, poesia.<BR/><BR/>Não sei, por fim, se há um "papel" da poesia e se este seria o que refere. Também "cutucam questões", certamente, as novelas da Globo, os filmes e sinopses, as baladas funk.<BR/><BR/><BR/><BR/>Ponce.Thiago Ponce de Moraeshttps://www.blogger.com/profile/02845490083112950870noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-25425287678621249502007-04-14T10:51:00.000-03:002007-04-14T10:51:00.000-03:00Já consertei o erro, POnce.Desculpe.A crítica publ...Já consertei o erro, POnce.<BR/>Desculpe.A crítica publicada no jornal está certa também.<BR/>AndréaAndréa Catrópahttps://www.blogger.com/profile/12676236498512938325noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37836906.post-18608132075409184252007-04-14T09:53:00.000-03:002007-04-14T09:53:00.000-03:00Em verdade a proposição temática é sempre o de men...Em verdade a proposição temática é sempre o de menor importância e de maior fragilidade. Não fiz parecer, creio, que fosse somente neste teu poema em específico. <BR/><BR/>Critíco a busca pelo tema.<BR/><BR/>No entanto, ainda, não era essa a crítica que colocaria no jornal. <BR/><BR/>Segue a última versão (que não sei se foi a publicada, enfim):<BR/><BR/>Sabe-se, pois, que arte é o que é e, sendo, possui partes várias que são, numa peça tal, relevantes e imprescindíveis. Caminho, então, de encontro aos poemas de Ciccone - em minha tentativa de apresentar o que penso perceber na estruturação geral deste conjunto de Poemas que, de uma forma ou outra, lançam-se como sensações quando leio. Portanto, como leio, tenho imprecisas e vagas constatações, que não comprometem ou aprimoram o que vai escrito pela poeta. <BR/><BR/>Ao andar no que li pelo que li, digo da primeira sensação: a intenção da poeta é a sonoridade nos versos. Direi apenas que a intenção parece a de tentar criar o fugaz na escuta plástica dos versos, entrecortados, como estão, em falhas de algum jeito calculadas. Para exemplo aponto o poema Amazon, que mesmo sendo bastante discursivo desenvolve certa economia verbal; necessária para sustentar a amplitude da fala: “senha da selva é entrar/ camuflada/ com marcas do que/ não é cidade”.<BR/><BR/>Outro exemplo é o poema Beleza. Sua velocidade intui a rapidez do contemporâneo: “até o papel de/ pele da beleza/ ser poder de seda/ ter poder de poder/ permanecer no/ alguém se opera/ top of seduction”. Há de se perceber que a proposição temática do poema é de importância pouca e de alguma fragilidade; sendo assim, se perceberá o esforço de musicalidade que, por arranjo áspero, cria ruídos rítmicos que acompanham a fatalidade do som: a impossibilidade da conclusão no pensamento do que seja. Configura-se, pois, colocada de lado a temática, uma busca pela sensação de escape que o balbucio das palavras demarcam – o que é ainda a permanência da sensação moderna da anteescrita, muito usada pelos dadaístas. <BR/><BR/>Sensações. O que resta, então, da leitura dos poemas? Faria ressalvas, muitas; algumas por não saber ser crítico (como se entende por ora) e por me opor às intenções de superação ou aperfeiçoamento da literatura através da interposição de uma consciência alheia, fria e fraca. Outras ressalvas se fariam por ter de partir daqui para colocar o que se me coloca. Não existindo jeito ideal ou fuga, anuncio de pronto que estive a externar uma sensação de leitor de poesia, submetendo-me ao ler os poemas de Sandra Ciccone; estive, assim, a ler sensacionistamente, sem cair no banal do comparativo falho, no óbvio e no evidente de um comentarista. <BR/><BR/> <BR/>Thiago Ponce de Moraes<BR/><BR/>Rio de Janeiro, 03.03.07Thiago Ponce de Moraeshttps://www.blogger.com/profile/02845490083112950870noreply@blogger.com