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quarta-feira, janeiro 17, 2007

Noite

adormecido ao léu
na lomba da floresta
cedendo sob o céu
à tentação funesta

a cama na calçada
limite da sarjeta
e a testa hipotecada
nas fronhas do capeta

embora haja vassoura
não é doido varrido
mas teme quanto agoura

seu sono dividido

no seco olho da rua
é cisco e não se move

quem passa dá-lhe a pua
ou torce a ver se chove


[Foto de Mario Rui Feliciani, ponto de partida do poema “Noite”. ]

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